sábado, 27 de março de 2010

Vírus da aids é controlável, o preconceito, não, diz presidente de ONG Vida Positiva

Brasília - No ano em que o Estatuto da Criança e do Adolescente completa duas décadas, alguns desafios ainda precisam ser superados: um deles é a discriminação das crianças portadores do vírus HIV.
A organização não governamental (ONG) Vida Positiva luta diariamente contra esse preconceito. Localizada em Taguatinga, cidade do Distrito Federal, a casa atende hoje 17 crianças entre 4 e 16 anos, algumas na casa em horário de creche, outras em tempo integral, todas atendidas por 11 funcionários.
O trabalho é coordenado pela presidente da ONG, Vicky Tavares, chamada de “vovó Vicky”, pelas crianças. Todas são tratadas com disciplina, responsabilidade e respeito entre si. Rotineiramente fazem exames de carga viral (para medir a quantidade do vírus na corrente sanguínea), assim como o CD4 (indicador das condições imunológicas do paciente).
A casa conta essencialmente com parcerias e doações. Apesar da luta para captar recursos, a maior dificuldade ainda é o preconceito.
“O vírus da aids é controlável, o preconceito, não! Nós ainda precisamos de informação sobre o HIV de uma forma contínua e não apenas no carnaval ou em 1º de dezembro, o Dia Mundial de Combate à aids.”
Vicky lembra que a ONG já foi alvo de preconceitos diversos. Vizinhos jogavam água para “lavar o vírus,” pais foram protestar nas escolas exigindo a retirada das crianças portadoras do HIV e, em alguns casos, agressões físicas às crianças. Hoje, a Vida Positiva conta com um advogado que se preciso aciona judicialmente toda e qualquer ação de preconceito aos menores atendidos.
As crianças que se abrigam a casa em horário de creche muitas vezes pedem para permanecer nos fins de semana. Muitas delas querem evitar o convívio com os pais, que em alguns casos são usuários de drogas, ou simplesmente para ter a oportunidade de fazer suas refeições regularmente.
O trabalho assistencial é feito há oito anos e a três está à frente da Vida Positiva. Ao falar dos desafios enfrentados para manter viva a iniciativa, Vicky responde categoricamente: “O financeiro é importante, pois mantêm o trabalho ativo, mas tenho dificuldade realmente dificuldade de encontrar alguém preparado de uma munição chamada amor. Não posso receber pessoas despreparadas para ajudar no trabalho com as crianças,” conclui.


Autor: Agência Brasil
fonte: http://www.pastoralaids.org.br/noticias_view.php?id=1216

sexta-feira, 26 de março de 2010

Pessoas que vivem com HIV/aids serão vacinadas contra o Vírus da Influenza A (H1N1)

Vacinação de portadores de doenças crônicas está incluída na 2ª Etapa da campanha do Ministério da Saúde, que começa em 22 de março

O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde orienta as pessoas que vivem com HIV/aids a procurarem os postos no período de 22 de março a 2 de abril, quando será realizada a 2ª Etapa de Vacinação contra o Vírus da Influenza A (H1N1).
Nesta segunda etapa, serão vacinados os portadores de doenças crônicas, incluindo “pacientes com imunodepressão por uso de medicação ou relacionada” a este tipo de enfermidade. No mesmo período, haverá também a vacinação de gestantes e crianças com idades desde os seis meses até as que não tenham completado dois anos ainda.
As pessoas que vivem com HIV/aids devem ser vacinadas, independentemente de sua contagem de linfócitos T CD4+. Ao se dirigirem aos locais de vacinação, precisam informar que possuem uma doença crônica, não sendo necessária a revelação de seu diagnóstico por ser resguardado o direito ao sigilo e à confidencialidade.
Segundo nota técnica do Ministério da Saúde divulgada em 11 de março, os serviços de atendimento devem recomendar às pessoas vacinadas que não realizem a coleta de exames de carga viral e contagem de Linfócitos T CD4+ nas 4 semanas subsequentes à administração da vacina. Isto decorre da possibilidade de ocorrência do processo de “transativação heteróloga”, pelo qual acontece a ativação do sistema imunológico, podendo alterar o resultado da contagem.

Serviço:
Data da 2ª Etapa de Vacinação: de 22 de março a 2 de abril.
Local: Postos de saúde com salas de vacinação de todo o país
Informações: nos sites www.saude.gov.br e www.aids.gov.br

Mais informações
Atendimento à imprensa
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Tel: (61) 3306 7062/7016/7010
Site: www.aids.gov.br - E-mail: imprensa@aids.gov.br
Atendimento ao cidadão
0800 61 1997 e (61) 3315 2425
Autor: Departamento de DST, Aids e HV